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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Estranhamentos

 Estranhamentos:

Inspirado por Severino Antonio e Kátia Tavares

Instagran: https://www.instagram.com/professorseverinoantonio/ 

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCLjM8AUj0mMZIDYXw1vrlvg


O amargo mais gostoso do mundo!


Sou um aconchego, relaxamento para muitos. Posso ser motivo de celebração e também de companhia na solidão. Minha cor pode variar, depende do lugar. Gosto? Alguns dizem ser doce, outros amargo. Para quem gosta não tem estação, estou sempre presente, mesmo sendo quente. Se me oferecem frio logo reclamam, mas que falta de educação! Nas casas em que me encontro sou motivo de reunião, geralmente vou passando de mão em mão. Ao bebê que chega logo venho como um *regalo para marcar a tradição! E assim vou seguindo, de geração em geração aquecendo os corações! Aos que estão distantes só resta o cheiro da saudade! 

Texto escrito por: Fabiana Coronel





quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Hidroponia na escola

Boa noite queridos leitores!

Hoje venho dividir com vocês uma experiência muito bacana que estamos vivenciando na nossa escola.
Eu, que sempre estou envolvida nas causas sustentáveis, me lancei em mais um desafio, totalmente novo pra mim: a Hidroponia.
Hidroponia (do grego: água + trabalho) é o nome dado a um sistema de cultivo de plantas caracterizado por não precisar de terra (solo). As raízes das plantas ficam dentro da água. Soluções fertilizantes são adicionadas à água para alimentar as plantas.
Tudo começou quando propus para minha diretora a ideia de fazer uma horta suspensa com meus alunos, pois estávamos trabalhando as plantas. Queria proporcionar para eles de forma concreta, as fases do desenvolvimento de uma planta, e claro culminar com a colheita e degustação de verduras e temperos fresquinhos.
Foi então, que ela me fez a proposta de acordo com um projeto que já existe em outras escolas da rede municipal, que é a hidroponia. No início, deu uma certa dúvida se eu seria capaz de dar conta. Mas abracei a causa. Vamos aprender junto com as crianças! Por que não!?
 Fizemos algumas visitas nas escolas que já tinham o projeto em funcionamento e ficamos encantadas com o resultado obtido com esse processo de plantio na água.
Chegando na escola foi o momento de apresentar para as crianças esse novo método.
 Iniciei com uma roda de conversa e a apresentação da palavra Hidroponia. O que é isso? Levei uma muda plantada na terra e uma na água para demonstrar. Questionei sobre o que tinha de diferente entre as duas plantas,  eles foram rápidos: "uma está na água e outra na terra!" Ok, objetivo alcançado! Então, apresentei á eles o projeto da horta hidropônica na escola. Trabalhei a  conscientização e a responsabilidade em cuidar das mudas.E, por fim assistimos um vídeo sobre hidroponia. Com estas informações colocamos a mão na massa. Plantamos as sementinhas em uma espécie de berçário, onde as sementes ficam até chegar ao tamanho ideal para serem transferidas para  a horta hidropônica.  Tudo isso foi um longo processo e também motivo de pesquisa, pois tivemos que estudar sobre as plantas da estação e o lugar ideal para  as sementes se desenvolverem adequadamente.
Enfim, as sementes germinaram e cresceram, deu tudo certo. Cada dia uma turma ia cuidar, observar e regar as sementinhas,que eles chamavam de nossos bebês! E eis que elas chegaram na fase de transferência. A alegria das crianças estava estampada nos seus rostos. Ajudaram a colocar as mudinhas nos canos com cuidado. A nossa horta ficou em um lugar estratégico na escola, um lugar que pega bastante sol pela manhã, pois como aprendemos nos nossos estudos, isso é bem importante para o sucesso da colheita.  Esse lugar é no parque da escola, lugar utilizado por todas as crianças e comunidade escolar. Com isso, todos os membros da escola estão participando do projeto, pois a ideia era envolver todo mundo mesmo.
Este projeto está sendo muito legal, os funcionários chegam às vezes preocupados com os bichinhos que estão comendo as folhas ou galhos das plantas. Aí a gente vai atrás de algum produto natural que seja capaz de espantar esses bichos indesejáveis, pois queremos alimentos saudáveis e orgânicos. Descobrimos que para espantar as pragas basta fazer uma mistura de álcool, água e cravo e borrifar  nas plantas.
Cada dia é uma nova experiência. Teve um episódio em que faltou água na horta durante o final de semana. Pensem no desespero, tanto dos alunos quanto dos funcionários ao se depararem com as plantas todas murchas e quase mortas na segunda-feira. Foi uma missão coletiva para ressuscitá-las, muitos funcionários se envolveram para salvá-las. Aproveitei e conversei com as crianças que elas precisavam ir lá na horta dar carinho para as plantinhas para ver se assim elas voltavam a ficar de pé e verdinhas novamente. Observei que durante a brincadeira no parque alguns faziam o que foi proposto. Com muito empenho a maioria das plantas voltou ao seu vigor.
Toda essa experiência que tenho vivenciado com a horta hidropônica me faz refletir sobre os processos. Processos que vivemos e experimentamos, pois assim como a horta teve seu momento de abalo nós também temos. Não é fácil passar por dificuldades, pois às vezes nós murchamos, perdemos as forças e queremos desistir perante os obstáculos, isso é natural e normal. O fato é como encaramos tudo isso. Eu poderia ter simplesmente me conformado com a situação da horta na segunda-feira e aceitar que elas já estavam mortas e que ali era o fim, que isso não daria certo. Mas, com a empatia e ajuda de outros encontrei motivação para reverter o quadro de calamidade. E não vou dizer que não ouvi algum comentários negativo, mas estava mais empenhada em salvar aquelas plantinhas que nem dei ouvidos. Temos que aprender a filtrar certos comentários muitas vezes para que não percamos o foco.
 Nossa horta está lá, crescendo, se desenvolvendo e trazendo experiências e aprendizado para as crianças, funcionários e professores. Ainda temos muito o que aprender e talvez muito problemas a resolver, e isso é bom, pois com isso crescemos em todos os aspectos.
E sabem o que me deu força para escrever este texto? Um morango! Sim, um morango vermelhinho que estava escondidinho atrás do cano. Pode parecer bobo e infantil,mas meu coração se alegrou ao ver, acho que deve ser mais ou menos como a reação das crianças. Foi a sensação do arco-íris depois da tempestade. Até chamei alguns que estavam por perto, venham ver: o primeiro morango!
E assim, encerro meu texto com uma frase de Augusto Branco:
"Viver é enfrentar desafios. Quem nunca enfrentou desafios, apenas passou pela vida, não viveu!"

Até a próxima!
Professora Fabi Coronel
Apresentando as sementes e orientando sobre o plantio.

Observando o tamanho e formato das sementes.

Colocando a semente na terra.

Sementes plantadas e identificadas pelas plaquinhas confeccionadas pelas crianças.



O dia em que as pragas apareceram.
O desafio de reerguer a horta.

A esperança.
Nem tudo está perdido! Ah, esse morango!


                   

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Projeto sobre Sustentabilidade na Educação Infantil





 




PROJETO AMIGOS DO MUNDINHO 



ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL EDUCAR

PROFESSORA RESPONSÁVEL: FABIANA CORONEL

EDUCADORAS ASSISTENTES: CARLA E GISELE

NÍVEL: III

ANO: 2015

JUSTIFICATIVA

Considerando a  necessidade que temos de  conscientizar e melhorar a qualidade ambiental do lugar em que vivemos, como também preservar os recursos naturais e exercer nossa cidadania quanto ao cuidado com o Meio Ambiente, propomos este projeto que será trabalhado durante todo o ano.
Sustentabilidade, significa a maneira de organizar a sociedade e as pessoas de forma que suas necessidades sejam supridas sem prejuízos ao meio ambiente e às outras espécies de seres vivos.
 As ações de cada um repercutem na família e, em cadeia, na escola, no bairro, na cidade, no país e no mundo. 
Em sala, o tema deve ser tratado de maneira transversal e relacionado aos conteúdos e aos outros projetos.

OBJETIVO GERAL

Esse projeto tem como objetivo promover o envolvimento dos alunos, professores, pais e comunidade em defesa da sustentabilidade do nosso planeta.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 

  • Educar para conquistar um vínculo amoroso com o planeta, não para explorá-lo, mas para respeitá-lo.
  • Compreender o sentido de ser um cidadão consciente e participativo nas ações de preservação do meio ambiente.
  • Adotar posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, baseados na prática das virtudes, colaborando para a construção de uma sociedade justa, em um ambiente saudável.
  • Repensar e avaliar as atitudes diárias e a suas consequências no meio ambiente em que vivemos.
  • Despertar o interesse pelos diferentes tipos de leitura.
    Produzir textos e histórias matemáticas utilizando assuntos e dados sobre as questões ambientais.
  • Estimular a mudança na prática de atitudes e a formação de novos hábitos com relação à utilização dos recursos naturais.
  • Favorecer a reflexão sobre a responsabilidade ética de nossa espécie e planeta para garantir um ambiente sustentável.
  • Participar de ações sociais que resgatem valores humanos como respeito pela vida, responsabilidade, solidariedade, amizade e ética.
  • Envolver a comunidade escolar e família neste processo de relações fraternas e preservação do meio ambiente.
  • Conhecer a realidade da sala de aula e pátio da escola para busca coletiva de soluções (desperdício ou economia de papel, destino correto do lixo, torneiras abertas ou fechadas, lanche saudável ou prejudicial à saúde, preservação das árvores ou destruição, etc.)
  • Estabelecer diferença entre separar, reciclar e reutilizar.
  • Refletir acerca dos R’s.
  • Realizar parceria com órgãos que defendam a preservação do meio ambiente, como o Museu próximo da escola.


                 ATIVIDADES PREVISTAS

·         Sensibilização e mobilização permanente em relação ao meio ambiente e a necessidade de participação de todos e todas na construção da Sustentabilidade em suas várias dimensões.
·         Oficina de desenho;
·         Rodas de Leituras;
·         Músicas;
·         Plantio de mudas: ervas, chás, árvores;
·         Rodas de Conversa  sobre o meio ambiente e seus problemas;
·         Oficinas de colagem e pinturas;
·         Pesquisas envolvendo o tema;
        ·        Montagem de uma peça teatral;
·      Sensibilização e mobilização em relação ao meio ambiente e seus problemas através da confecção de cartazes, maquetes entre outros;
·        Oficinas de música que abordam o meio ambiente;
·        Bandinha sustentável;
·    Sensibilização e mobilização em torno do meio ambiente e seus problemas através da colocação de cartazes em sala de aula e na escola;
·         Pesquisa sobre animais em risco de extinção;
·         Produção de texto; (diversos)
·      Implantação de uma campanha de alerta sobre o uso da água na escola;        
       ·     Ações solidárias – Páscoa, Dia das Crianças – Natal;
       ·      Passeio ciclístico – Amigos do mundinho;
       ·   Incentivo ao uso da garrafa de água nas dependências da escola e em passeios;
       ·     Lixeira seletiva na sala;
       ·     Criação do selo Amigos do Mundinho; 
       ·     Oficina do papel reciclado;
       ·    Sacola retornável de calça jeans;
       ·    Mascote da turma: O Mundinho  
       ·    Gincana verde;
    · Entre outras atividades que surgirem no decorrer do projeto.
         

CULMINÂNCIA

Finalizaremos com exposição de todos os trabalhos realizados durante o ano.

AVALIAÇÃO

Ao final deste projeto espera-se que os alunos, família e comunidade escolar tenham internalizado a importância da mudança de pequenos hábitos cotidianos para a preservação do meio ambiente.
Que sejam capazes de demonstrar através de suas ações o que foi aprendido e compartilhado entre todos durante a realização do projeto e também sejam multiplicadores de ações e argumentos em prol de um mundinho melhor. Enfim que não percam a vontade de praticar a sustentabilidade no decorrer de suas vidas e que a escola e a família sejam parceiros neste processo.

RECURSOS

Humanos, materiais recicláveis, cartolinas, pardo, canetinhas, cola, tesouras, hidrocor, terra, mudas, data show, som, etc...

REFERÊNCIAS

revistaescola.abril.com.br/.../sustentabilidade-voce-faz-planeta-sente-686...
educador.brasilescola.com/estrategias.../brincando-sustentabilidade.htm

                   revistaescola.abril.com.br/meio-ambiente/
             portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15813




quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Ação solidária de natal realizada com minha turma de nível IV!

                                                               Olá queridos leitores!
         Venho dividir com vocês a experiência maravilhosa que foi desenvolver essa ação solidária com minha turma de nível IV.

          Vejo que nós, enquanto professores, devemos proporcionar aos nossos alunos vivências e oportunidades de praticar a educação baseada nos seus quatro pilares: 
->aprender a conhecer indica o interesse, a abertura para o conhecimento, que verdadeiramente liberta da ignorância; 
->aprender a fazer mostra a coragem de executar, de correr riscos e mesmo de errar ,na busca de acertar;
->aprender a conviver traz o desafio da convivência que apresenta o respeito a todos e o exercício de fraternidade como caminho do entendimento;
->aprender a ser que, talvez, seja o mais importante por explicitar o papel do cidadão e o objetivo de viver.


        Quebrar alguns paradigmas, não só com demagogia comum, mas sim ir além. Sair dos muros da escola e realizar atividades significativas e reais para os alunos. 
       Penso que é possível sim, quando há um interesse verdadeiro da parte do professor em fazê-lo. E como prova disso está aí o vídeo que demonstra claramente no olhar e semblante de cada criança a emoção em realizar tal atividade, em que se empenharam e participaram de todas as fases, desde escolher um afilhado, comprar o presente, embrulhá-lo e ir até a escola fazer a entrega. 
      Além disso, na sala de aula foram debatidas questões como: O que é ser solidário? Por quê devemos ajudar quem precisa?  O que podemos fazer para sermos solidários com quem necessita? 
        A partir daí renderam muitas ideias e sugestões. Os pais se envolveram e participaram ativamente de todo o processo.
        Com certeza não irei parar por aqui, esse foi o começo de um trabalho que ainda renderá muitos frutos!
       A paixão pela educação e o amor pelo trabalho que realizo com meus alunos me motivam cada dia mais a ir além!!
       Agradeço pela atenção e parceria da Denise que nos proporcionou esses momentos na Casa Acolhida Só Bebê.
                        Até a próxima postagem!

Prof.ª Fabiana Coronel
Nossa turma interagindo com as crianças da Casa Acolhida Só Bebê!

Escolha dos afilhados!

Ajuda ao preparar os presentes, participação ativa dos alunos.

Missão cumprida, parte I!

Chegada dos presentes!

Entrega dos presentes aos afilhados!

Alegria no rosto!!

Lanche partilhado!


Pais colaboradores! Não basta ser pai, tem que participar!

Eu, Denise e a Adriana 

Nossa turma nível IV - 2014. 
 Fabiana Coronel



domingo, 26 de outubro de 2014

Joãozinho e a professora

Boa noite leitores.
Me chamo Magnum, esposo da prof Fabi e estarei participando do blog como colaborador. Espero que apreciem a leitura.
Joãozinho e a professora serão os personagens de uma série de crônicas que tem por objetivo questionar velhas práticas na educação. Vamos a primeira delas.

A professora pediu que os alunos fossem para casa e fizessem seu tema de divisão. Preocupou-se, como uma boa e velha professora, em explicar como fazer contas de divisão:
- É muito simples! Basta pensar qual o número na tabuada do divisor mais se aproxima do dividendo, desde que seja menor. Se o dividendo for muito grande, é só armar a conta. Coloca o divisor à direita dentro de uma casinha e o dividendo á esquerda. O resultado abaixo do divisor. Façam por partes: se o primeiro número do dividendo for menor do que o divisor, tomem os dois primeiros para o primeiro passo e então procurem na tabuada o número que mais se aproxima e que seja menor. Escrevam o número que encontraram na tabuada abaixo da sequência selecionada e subtraiam um do outro. Abaixo do divisor vai o multiplicador que aparece na tabuada e que dá o resultado utilizado. Toma-se o resultado da subtração e aglomera-se o próximo algarismo do dividendo. Repete-se o processo até que chegue-se a um número que seja indivisível por este divisor. SIMPLES!!!
Toca o sinal e a professora anuncia:
-Tema para o fim de semana: resolver os problemas de divisão no livro, nas páginas 121,122 e 123. Bom fim de semana a todos!
O pai de Joãozinho vai buscá-lo na escola e indaga:
-O que aprendeu hoje Joãozinho?
-Divisão papai!-responde o filho empolgado.
-Verdade? E como se faz?-pergunta o pai.
-Muito simples! Tem o divisor, o dividendo, o resto e um fica a direita... outro a esquerda... não lembro muito bem mas com a tabuada fica mais fácil!-disse o menino um pouco menos confiante.
Ao chegar em casa o estudante sentou-se para fazer o tema. Foi então que começaram as dificuldades:
-Quem é que eu divido por quem? E qual tabuada eu olho?? Como é mesmo que se arma esta conta???
O pai, ao perceber a angustia do filho, tenta ajudar.
- Alguma dúvida joãozinho?
- Não sei muito bem como fazer papai. Como saber quem divide quem?
- O maior divide o menor! Minha professora sempre dizia!
- Hum...- mugiu o menino incerto.
- Deixe-me fazer um exemplo pra você Joãozinho-disse o pai que com destreza aplicou o método que havia aprendido mais de vinte anos atrás.
- Viu como é simples filho?
- Tudo bem. mas porque este risco abaixo do resto?
-Não sei filho, eu aprendi assim. Acho que pra sinalizar que acabei.
- Mas eu já sei que não dá pra continuar dividindo!
- Chega deste papo! Termine você agora!
Agora sozinho, o garoto percebera que não sabia tanto assim...
- Dois dividido por seis?!...-pensou o menino em voz alta- Tenho duas canetas pra dividir por seis alunos...Não dá! Aí...que difícil! Seria mais fácil se eu quebrasse as canetas ao meio e desse meia caneta pra cada um e as tampas para os outros dois...

Esta pequena crônica descreve a aventura invisível e quase solitária de Joãozinho e a divisão. Joãozinho não sabe divisão? Pelo contrário! Joãozinho entendeu algo que muitas pessoas chegam a vida adulta sem entender: frações(uma expressão da divisão).  Isso fica claro quando o menino é capaz de identificar que para dividir duas canetas entre seis alunos, precisaria dividi-lás em três pedaços. Então porque Joãozinho não conseguiu resolver os probleminhas? Parafraseando a professora,"muito simples"! Porque a professora chegou na aula com o conhecimento pronto, definindo ponto de partida, caminho e chegada. Joãozinho pensou por outro caminho e por isso não foi capaz de resolver o problema. Um olhar mais atento e aberto da professora teria facilitado a aprendizagem do jovem. Este aluno pode ficar com uma dificuldade crônica em matemática por não ter sido capaz de entender o que a professora disse. Quando o estudante não consegue usar a via de aprendizagem proposta pela professora ele pode ficar com a auto-estima prejudicada. Isso pode ser acentuado por brincadeiras de colegas, críticas de familiares ou mesmo da própria professora. Quando alguém que é referência para uma criança repete sistematicamente que uma criança, por exemplo, é burra, ela tende a acreditar. Não existe um ser humano incapaz de aprender, entretanto existem muitos não qualificados para ensinar,inclusive professores. As vezes pode ser apenas descuido, mas professores precisam entender sua responsabilidade.
Joãozinho: estaremos contigo! Siga te esforçando e nós seguiremos te acompanhando!

Magnum Lepkoski

sábado, 25 de outubro de 2014

Crianças da educação infantil engajadas no Outubro Rosa

Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama .Esta campanha acontece com mais intensidade no mês de outubro e tem como símbolo o laço cor de rosa.
Então eu, como mulher e professora, sempre engajada em prol de uma boa causa, coloquei o meu laço rosa e fui para a escola.
 Ao chegar na minha sala, uma turminha de nível IV, fui surpreendida por todos que logo foram perguntando o motivo de eu estar usando aquele laço. Fiquei feliz e motivada com a curiosidade, afinal o conhecimento na nossa turma se dá através do interesse que vem deles, tudo é motivo para pesquisar e aprender. Convidei-os para sentar e conversar sobre o motivo do uso do laço rosa.
Primeiro deixei que perguntassem o que queriam saber. Muitos disseram que já haviam visto esse laço em prédios e nas pessoas na rua, mas não sabiam o que significava.
Estamos trabalhando com o projeto sobre o Corpo Humano, então foi mais fácil discutir sobre esse assunto, pois eles já tem esse conhecimento sobre as várias partes do corpo humano e as diferenças entre homens e mulheres.
Conseguiram perceber que se era câncer de mama, só as mulheres poderiam ter essa doença, pois os homens não tem seios, foi bem engraçado vê-los chegando a essas conclusões. 
Após alguns minutos de conversa eles já estavam bem informados do que se tratava o câncer de mama.
Mostrei à eles como as mamães e mulheres da família deveriam fazer o auto-exame em casa mesmo.
Eles prontamente fizeram igual para poder ensinar as mamães em casa.
Perguntei se eles também gostariam de participar dessa campanha tão importante. Todos responderam "sim" em coro. 
Várias ideias surgiram e eu também fui dando sugestões, na minha sala nada é ditado por mim, deixo eles escolherem e planejarem a atividade e vou contribuindo através do que eles me passam.
As meninas sugeriram de todos irmos de camiseta rosa, mas isso gerou polêmica entre os meninos. Achei a ideia interessante e tratei de instigá-los do por que não usar a camiseta rosa.
Fatores dentro da sociedade e cultura induzem crianças desde cedo a acreditarem que existem atividade, valores e ações determinadas para homens e mulheres, mas hoje em dia a realidade é outra. 
E os meninos repassaram isso em suas falas, dizendo que quem usa rosa é menininha. Questionei, quem tinha dito isso, e por que eles achavam que se usassem rosa iriam virar menina. A discussão rolou solta, até que um dos meninos entendeu que a cor da camiseta não define o sexo e disse que iria pedir para a mãe comprar uma camiseta rosa para ele participar da campanha. Vibrei com tal atitude e maneira do meu aluno se colocar e se posicionar diante de um fato bem polêmico.
Elogiei  a sua atitude e então os demais meninos resolveram também aderir a camiseta rosa e deixar o preconceito de lado. 
Resolvemos juntos que iríamos entregar laços na escola e incentivar todos a participar da campanha.
Até ai tudo correu muito bem, conseguimos resolver questões problemas e encontrar soluções.
Fiquei super empolgada com a postura da minha turma que conseguiu através de uma simples pergunta elaborar uma atividade que não estava no planejamento , mas que foi perfeitamente lincada com o assunto do projeto e vai envolver toda comunidade escolar.
Na saída ao entregar as crianças que faziam comentários sobre a nova atividade, era visível o semblante de decepção dos pais dos meninos, que não satisfeitos ainda faziam comentários, como:" Tu não vai usar rosa né meu filho". E eles me olhavam e não sabiam o que dizer, meu trabalho da tarde ali colocado em dúvida pelo pensamento machista dos pais que acreditam que a cor de uma camiseta vai influenciar no gênero do filho. Até tentei argumentar explicando da importância da campanha,  porque os meninos tem mães, irmãs, avós, tias, um dia terão esposas, filhas. Enfim,  convivem na sociedade com muitas mulheres.
Eu defendo uma educação que seja capaz de formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem preparados para participar da vida econômica,social e política do país e aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.
Enfim, a atividade acontecerá na próxima segunda-feira e estou ansiosa para ver o que vai acontecer, será que eles virão de rosa? 






quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Olá queridos leitores, colegas, amigos e familiares!

Venho através deste blog dividir e trocar ideias sobre os temas relacionados à educação.
Sou Pedagoga, e atualmente trabalho como professora de educação infantil.
Meu trabalho me fascina e a cada dia aprendo ao ensinar aos meus alunos, assim como eles me ensinam ao aprender. Quero dividir experiências e somar com novas ideias e pensamentos aqui compartilhados.
Sejam bem-vindos e sintam-se convidadíssimos a participar deste blog com sugestões, comentários, críticas e dúvidas.